Você já pensou em fazer um curso de Espiritismo? Ah… Você acha que não
precisa, pois você quer apenas tomar passe? É pena! É pena porque com o
conhecimento espírita você poderia progredir muito, aprender muitas coisas,
inclusive como não adoecer.
Você sabe ao menos o que é o passe? Vamos explicar de modo bem simples. O
passe, ou seja, a transmissão de energias ou fluidos de uma pessoa para outra, é
uma antiga prática que existe há milênios, e que alcançou o seu ponto culminante
com Jesus de Nazaré, o moço Galileu que revolucionou o mundo com as suas idéias
de amor, perdão e mansuetude.
A referência mais próxima que temos desta prática, é a dos magnetizadores do
século 19, que aplicaram largamente o magnetismo, promovendo curas em doenças
inabordáveis à medicina daquela época. O fato de Allan Kardec ser um magnetista
e magnetizador, contribuiu de forma decisiva para que os espíritas adotassem
essa prática.
Os magnetizadores conheciam e aplicavam muito bem o magnetismo animal, mas os
espíritos contribuíram com a sua parte revelando o magnetismo espiritual.
Os passes dos magnetizadores eram aplicados em sessões longas e numerosas. Os
espíritos desencarnados revolucionaram essa prática, introduzindo a cura
instantânea, realizada, não raro, com apenas um toque no paciente.
Desde o advento do Espiritismo são inumeráveis os benefícios dessa prática em
favor da humanidade. De uma atividade anímica o passe transformou-se em
atividade mediúnica, porque, via de regra, o passista recebe a ação de seu guia
espiritual ou de um espírito terapeuta. Mas o passista não é um instrumento
passivo, e sim dinâmico, pois da sua preparação moral, saúde física e mental,
equilíbrio espiritual, dependerá a eficácia do passe, logicamente isto tudo
combinado com os méritos, a tensão favorável do paciente.
As reuniões de passes popularizaram-se de tal modo que é hoje a principal
atividade de inúmeros centros espíritas. Centros espíritas que aplicam passes em
sessões públicas tem boa freqüência. Se não existe esse serviço, a freqüência é
pequena.
Mas por que existe essa procura intensa pelos passes? Em primeiro lugar
porque ele funciona mesmo. Dá resultados inquestionáveis. Depois vem contribuir
para este sucesso a aura mística, o mistério, o sentido de magia que mesmo o
homem moderno adora cultivar.
Como o passe cura e as instituições que cuidam da saúde pública estão
sucateadas, e a medicina particular é muito cara, mesmo os convênios, não vemos
outra alternativa para o povo, que, também, procura igrejas diversas, benzedores
e curandeiros de toda ordem.
Certa vez um famoso jornalista de um grande jornal de São Paulo, escreveu de
Nova Iorque, onde era correspondente, um artigo que chamava o Espiritismo de
efeito placebo. O placebo é um falso medicamento que se dá a um grupo de
pacientes, enquanto a outro é dado o medicamento verdadeiro, para testar o real
efeito do medicamento e as induções psicológicas. O placebo só cura doenças
imaginárias do paciente. Com certeza o jornalista não se deu ao trabalho de
fazer, ou ao menos acompanhar uma pesquisa séria no meio espírita, ou teria tido
outra conclusão.
Mas, voltemos ao início do nosso editorial. Mais do que curar, a Doutrina
Espírita ensina a não adoecer. Como? Revelando as leis universais, como
sintonia, causa e efeito, assimilação fluídica, além de estimular a sobriedade,
combater os vícios, orientar a nutrição, incentivar à transformação moral, que
vai agir radicalmente nas causas, amenizando ou anulando os efeitos. Muitos
centros espíritas realizam palestras nas reuniões de passes. O mínimo que você
pode fazer é prestar atenção na palestra e aplicar os conceitos elevados na
própria vida. Porém, repetimos, o ideal é estudar a Doutrina Espírita, porque o
estudo vai lhe revelar a paternidade de Deus, a existência da alma, sua
imortalidade e preexistência, seu destino… Enfim, de onde viemos, o que
fazemos na Terra e para onde vamos ao morrermos. Vai aqui uma dica para você
desdobrar: Fomos criados por Deus, simples e ignorantes, mas o nosso destino é a
perfeição, e chegaremos lá através das reencarnações.