Henrique Rodrigues
O Espírito é consciência, eterna, evolui e demonstra isso nas múltiplas manifestações físicas e psíquicas. Não está condicionado a espaço, tempo e massa. Perispírito é uma forma projetada pelo espírito para aparecer moldando o físico nas dimensões físicas e psíquicas, em suas variadas formas. Em outra dimensão ele ainda é uma forma, que ocupa um espaço e deve ter massa, sutil. O que os videntes vêem não são os espíritos, mas seus perispíritos, tanto que os identificam. Com o avanço da ciência acadêmica, esse corpo energético, ganhou outros nomes, o que para nós os espíritas, reforça um dos pilares básicos da reencarnação. O prof. Hernani Guimarães Andrade em seu livro “Teoria Corpuscular do Espírito”, deu‑lhe o nome de “Modelo Organizador Biológico”. Em meu livro, “A Ciência do Espírito”, denominei‑o “Campo Estruturador das Formas”. Finalmente o Prof. Rupert Sheldrake, especialista em bioquímica e biologia celular, membro da Frank Knox, em Harward e doutorado em Cambridge, no livro “Diálogos com Sábios e Cientistas”, de Renee Weber, editado pela Cultrix, afirma que para que haja uma formação biológica, existe um campo “Campo morfogenético” (de morfo‑forma e genético‑vir a ser). Ele diz: “Algo mais profundo do que o acaso cego domina e governa o mundo material. Esses campos invisíveis, matrizes de todas as formas, mostram o comportamento da evolução, e operam ao longo do tempo e do espaço, numa ligação “teleativa” de organismos que também têm implicações na Parapsicologia”. Bastaria isso, mas vamos adiante:
“A teoria dos morfogenéticos propõe a existência de um campo, ou estrutura espacial que é responsável pelo desenvolvimento do corpo”. E mais: “Porque o campo Inorfogenético de um frango se associa ao ovo de uma galinha e não ao de uma perdiz ou de uma fême humana? Isso se liga à questão de origem pois não existe geração espontânea. O ADN, em minha opinião tem sido superestimado. Os biólogos teimam em projetar nele papéis e possibilidades que estão além do que são capazes de fazer. Assim, aquilo que começou como uma teoria rigorosa e bem delineada de como o ADN codifica o ARN e como o ARN codifica as proteínas, logo se transformou numa espécie de teoria mística, na qual o ADN se reveste de misteriosos poderes e propriedades que não podem ter, de modo algum, especificados em termos moleculares exatos. Tais são, ao meu ver, as fantasias projetadas no ADN, coisas que dizem que ele faz, masque sabemos não poder fazer.
Essas coisas, na verdade, são feitas pelos campos (corpos) morfogenéticos (Perispírito).
Mas vamos além para provar a existência do períspirito, que é uma fôrma para fazer a forma física. Uma fôrma, que se transforma em forma, pelo construtor que é o ESPÍRITO, com defeitos e perfeições…
Entre outras coisas extraíveis do Livro “Psychic Discoveries Behind the Iron Curtam”(Experiências atrás da Cortina de Ferro, Russia) de Sheyla Ostrander e Lin Schoeder, em 1971 consta:
“Experiências conclusivas revelam que um braço embrionário enxertado na posição destinada à perna de um animal em formação, desenvolverá a partir daí como uma perna e não como um braço, o que evidencia a existência de uni campo organizador (perispírito) que impõe à matéria a sua programação. Em outras palavras, onde esse corpo bioplásmico do ser em formação tem uma perna, vai surgir uma perna, e não um braço, mesmo que ele seja ali enxertado com a intenção de modificar os planos do perispírito”. Quantas provas podemos tirar de tudo isso… para os processos da reencarnação, como enfermidades, e deformações? Cada vez mais P Ciência oficial vai solidificando este postulado básico da Doutrina Espírita…
Alguns espíritas acreditam e até afirmam, que a consciência está no perispírito. Esta também nele e no corpo carnal. Mas o perispírito é também um corpo, existente na dimensão em que o processo evolutivo passa por um aprisionamento do corpo carnal que ele constrói. Mas um dia o perispírito morrerá também No Livro de André Luiz, “Obreiros da Vida Eterna” está relacionado uni acontecimento que prova isso. Lá está o relato da invocação que desencarnados fizeram para obter a presença de Bitencourt Sampaio. E usado um aparelho, a guisa de “médium de formação” naquela dimensão, já que essa entidade invocada, não possuía mais perispírito E continuava existindo, já que o espírito é consciência e nele está a possibilidade de construir uma forma, no plano dos desencarnados… Ele, Bittencout, aparece inicialmente como um foco de luz que com o auxílio do aparelho, e só nele toma sua forma para ser reconhecido.
Os espíritos ainda perispiritáveis, que voltarão a reencarnar, não podem passar através de outros da mesma dimensão. Não gosto quando dizem que o “espírito de fulano incorporou cm fulano”. Espírito não entra no corpo de ninguém. Obsessões ou possessões, são sintomas que se estabelecem entre o obsessor e o obsediado. E como um receptor de rádio em nossa casa que entra em sintonia com a estação emissora. E, para as dimensões onde não existem os perispíritos, um consegue (espírito) atravessar o outro” Creio que não, mas a temática está em aberto. Isso só vamos saber, quando chegarmos lá.
Mas, que fique bem claro. CONSCIÊNCIA é a prova da existência do ESPÍRITO. Já dizia o querido Descartes: ‑ “Penso, logo existo”. E quem disse isso, foi o espírito que era Descartes, e não o perispírito ou o corpo dele…
Evangelho e Ação – Maio/2000