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Pureza Espiritual – O Grau Máximo Do Espírito

Pureza Espiritual – O Grau Máximo Do Espírito

Novamente na questão L.E.(Livro dos Espíritos)-113 encontramos que este é o estado dos Espíritos
Puros, que gozam de felicidade inalterável e não sofrem as vicissitudes e
necessidades da vida material. São os mensageiros de Deus e concorrem para a
harmonia universal, dirigindo e assistindo aos Espíritos que lhes são
inferiores. Os homens podem comunicar-se com eles mas bem presunçoso seria este
último que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.

Existem muitas outras passagens na Codificação que afirmam que o Espírito
atingirá o grau máximo de sua perfeição (pureza) mas apenas citaremos mais uma:
L.E-116 ?… todos se tornarão perfeitos?.

Assim, diversas considerações fundamentais podem ser extraídas dos princípios
acima, destacando-se:

  1. Todos fomos criados simples e ignorantes e estagiamos em diferentes
    situações na matéria para desenvolver o potencial da perfeição relativa que já
    possuímos (perfectibilidade);
  2. O processo evolutivo do Espírito finaliza-se quando atinge a perfeição de
    que é suscetível (desenvolvimento moral e intelectual máximo, felicidade plena
    e inalterável). Neste estado não há mais necessidade de evoluir pois sua
    situação espiritual não será alterada. A noção de tempo atual desaparece
    perante a eternidade. O Espírito Puro é atemporal.
  3. Concorrerá ativamente para a manutenção do Universo onde, mesmo não
    sentindo as necessidades e vicissitudes da vida material permanecerá ligado à
    matéria sutil, atuando através do pensamento e da vontade pelo perispírito,
    que é o seu instrumento de atuação (ver L.M-55: em qualquer de seus graus, o
    Espírito sempre possuirá o perispírito
    , visto ser o agente de sua vontade.
    Ver L.E-186: … tal é o estado dos Espíritos Puros, que só têm por envoltório
    o perispírito…).
  4. Poderá comunicar-se com encarnados (novamente a necessidade do perispírito
    pois utilizará os recursos fluídicos necessários para tanto) incentivando-nos
    ao progresso para que também realizemos a perfeição espiritual relativa e
    colaboremos de maneira específica na manutenção do Universo.
  5. A Lei de Progresso é válida enquanto ligada à noção de tempo, que por sua
    vez varia no Universo.

Assim, apesar praticamente de todos nós não estarmos habituados a pensar em algo
sem o tempo e matéria como referências (vivenciamos o mundo dos sentidos),
verificamos através do raciocínio que os argumentos logicamente tratados pelos
Espíritos Superiores sobre a perfeição relativa, o grau máximo da pureza
espiritual, são coerentes e sinalizam a conquista da felicidade plena.

Atenciosamente,
Marco Milani

(Publicado no Boletim GEAE Número 419 de 12 de junho de 2001)