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Reciclagem Mediúnica

Reciclagem Mediúnica

Haveria outros aspectos a serem observados nos trabalhos, sejam eles de
educação mediúnica ou das reuniões propriamente ditas?

 

Sem dúvida. Além desse processo educativo a desenvolver-se no campo íntimo do
médium, alguns outros cuidados são importantes como um local que ofereça
condições básicas de:

  • silêncio, arejamento, iluminação, higiene, espaço, etc.

Importa sobremodo o estabelecimento de horário para início e término das
reuniões porque:

  • os responsáveis espirituais não podem ficar à nossa disposição.
  • os participantes encarnados também têm hora e outros compromissos
    particulares a atender.

Dessa forma – o horário das reuniões deve ser rigorosamente observado,
lembrando que ao chegarmos ao local das reuniões, todo um contingente de
desencarnados já está a espera, trazidos pelos amigos espirituais, ansiosos por
ajuda, socorro, auxílio. Lembrar que os mentores espirituais nunca se atrasam,
daí não retardar o início dos trabalhos para esperar este ou aquele, não se
aceitando a participação dos retardatários que além de não terem participado da
preparação inicial, ainda interrompem a concentração daqueles que já estavam
unidos. Na quebra desse clima, série de emoções despertadas muda o clima
espiritual, produzindo oscilações diferenciadas de variável intensidade.

Recomendável portanto, que se chegue dez, quinze minutos antes do início,
tempo este que não é para ser usado em conversas estranhas à finalidade da
reunião ou às efusões dos reencontros, mas, para ensejar algum descanso e
preparação da mente, ocupando-se de leituras evangélico-doutrinárias ou
simplesmente no aquietamento da meditação.

Entender o porque de todos esses cuidados e detalhes, só o estudo prévio, que
esclarece e instrui, leva a que se compreenda que esse respeito não se constitui
imposição ou arbítrio de um dirigente exigente mas compromisso para o equilíbrio
vibratório do todo.

b) A reunião mediúnica de socorro espiritual/desobsessão há que ter um
dirigente para coordenar exatamente os detalhes referentes ao campo material.
Para isso precisa de alguns requisitos:

  • conhecimento doutrinário, para poder entender e agir frente a cada
    circunstância surgida bem como proceder as avaliações.
  • qualidades morais que o capacita através do exemplo a servir de estímulo
    aos demais participantes. (ver O Livro dos Médiuns – 279)
  • facilidade de expressão e clareza das idéias para diálogos com encarnados
    e desencarnados.
  • trato fraterno, com firmeza ou tolerância, conforme for a necessidade.

 

Suas funções serão as de despertar e manter a boa vontade do grupo.
Interessando-se por todos, procura orientar o estudo doutrinário, representando
para os encarnados a direção espiritual.

Na reunião, preside os trabalhos mantendo a calma e disciplina no ambiente.
Caso haja necessidade intervém, tanto em relação aos Espíritos, como médiuns ou
demais participantes, procurando despertar para um desempenho cada vez melhor,
no aprimoramento pessoal através do dia-a-dia, nas atitudes comuns, de quem se
renova no Bem.

Jamais será ou deverá ser considerado como alguém superior aos demais
componentes do grupo; ele está sim, investido de maior parcela de
responsabilidade, cabendo-lhe estar atento e ativo.

Um dirigente, por isso mesmo, não funcionará como médium. Como cuidará dos
detalhes, acontecimentos, situações que normalmente ocorrem se como médium deve
abandonar-se, confiar, ser instrumento e servir? Como exercer as duas funções ao
mesmo tempo. Outras reflexões a respeito do dirigente das reuniões “Conduta
Espírita” aprofunda em belíssimas exortações que encerra com “(…) fugir de
julgar-se superior somente por estar na cabina de comando. Não é a posição que
exalta o trabalhador, mas sim, o comportamento moral com que se conduz dentro
dela”.

Quanto aos médiuns, as reuniões que visam o diálogo com Espíritos,
basicamente serão médiuns de psicofonia. Para atuar no trabalho mediúnico
espírita, precisa ele ter a experiência (daí mais uma vez a necessidade da
educação mediúnica) conhecimento doutrinário e boa moral.

Como conhecer ou verificar se o médium possui essas qualidades?

Em “O Livro dos Médiuns – 2.ª parte – cap. XVII – 200” ensina-nos que
experimentar será o melhor meio de avaliar. Daí, antes de se colocar o médium em
trabalho efetivo, observá-lo em tempo de estágio, com avaliações/conversas
constantes onde de ambas as partes serão aferidas/avaliadas disposições para
integração ou não no grupo.

É necessária uma mesa? Necessariamente não. Ela apenas oferece maior apoio e
conforto aos participantes que se sentam ao seu redor. Os lugares
necessariamente não precisam ser fixos. Normalmente as pessoas se habituam e
invariavelmente ocupam os mesmos lugares, não sendo isso, causador de
aborrecimento se alguém ocupar-lhe o lugar de costume ou o dirigente fizer
alguma modificação.

O que determina a ligação dos Espíritos com os médiuns, será a sintonia
mental, a afinidade fluídica e não o lugar que ocupe à mesa.

As atividades do intercâmbio entre encarnados e desencarnados se desenvolvem
em campo fluídico e não apenas no espaço físico da sala. Aí estão ou permanecem
Espíritos que servem, trabalham, ajudam, aprendem e os que são trazidos para
tratamentos e esclarecimentos.

No intercâmbio das trocas fluídicas entre encarnados e desencarnados,
providências delicadas se desenvolvem como:

  • coleta de energias animalizadas.
  • cirurgias/tratamentos perispirituais.
  • diminuição das fixações mentais.
  • regressão de memória.

Consta ainda a instalação de aparelhagem fluídica especial, formação de
quadros fluídicos onde o comunicante vê as próprias situações vividas,
facilitando o entendimento das dores, com que conviveu ou convive. Recorde-se
que todo esse tratamento não é improvisado mas atendem a uma programação do
mundo espiritual e que já está todo preparado para ser usado no momento do
atendimento. Inclusive o painel, a terapia a quem essas providências se destinam
pode já estar ligado ao médium antes da reunião. Daí mais uma vez a importância
da assiduidade dos médiuns, tanto o que intermediará a comunicação como aquele
que vai conversar. Para melhores e maiores detalhes estudar o cap. VI de
“Memórias de um suicida”.

O componente de um trabalho mediúnico, no dia da reunião, desde a noite
anterior, unir-se ao grupo, situando-se mentalmente na sala mediúnica, lembrando
os companheiros encarnados, confiando-se aos amigos espirituais. Durante o dia,
exercer as atividades comuns da vida em si, em doce vigiar espiritual, mais
cuidadoso nas palavras, ações, sentimentos, pensamentos, evitando excessos,
buscando manter-se sereno bem disposto para a tarefa espiritual.

Durante a reunião, asserenar o íntimo, esquecer as preocupações pessoais,
sentir-se amigo, fraterno, solidário. Abandonar-se e servir dentro das leis
divinas na constante sintonia com os Espíritos Superiores.

Iniciada e encerrada por uma prece, qualquer dos componentes pode fazê-la de
forma simples porém partida do coração.

Normalmente antes da prece, inicial é feito o estudo doutrinário seguido do
texto evangélico também feito por todos, cada um à sua vez, dando oportunidade a
todos, nas discussões, conversas que esclarecem, fortalecem e unem.

“Abrir e fechar os trabalhos mediúnicos, no campo material compete ao
dirigente encarnado e no plano invisível aos dirigentes espirituais”.

Não há necessidade de se evocar, exigir ou esperar que os Espíritos
dirigentes se manifestem, para termos certeza de que eles aí estão ativos e
atuantes. É prática portanto, desnecessária chamar os Espíritos “protetores”
para que dêem comunicações/orientações. Espontaneamente, caso haja necessidade,
algum médium receberá um Espírito que fará exortações, sempre gerais, nunca
em particular. Esse geral, porém, será tão abrangente que cada um entenderá a
mensagem como se fora ela direcionada a si.

A prece de encerramento agradecerá a Deus, aos Bons Espíritos, as bênçãos
recebidas, pedindo que os Espíritos necessitados, ali trazidos, possam continuar
sendo socorridos e atendidos segundo suas necessidades.

Encerrada a reunião, avalia-se desempenhos dirigente/médiuns/atendentes em
relação a providências, encadeamentos e atitudes havidas. Não é o momento de se
contar “casos” atendidos que somente serão trazidos ao conhecimento do grupo,
quando pelo inusitado, pela peculiaridade, houver sido dada permissão pelo
Espírito para esse tipo de comentário onde se tornará conhecida pelos outros
suas dores e problemas.

Ao sair, evitar os grupos que se detém na porta do Centro, cada um, voltando
feliz para seu lar, num trabalho que continua se nos dispusermos para tal.

Assim, na reunião mediúnica ou no preparo para ela, “(…) estudar sempre e
incessantemente a fim de amar com enobrecimento e liberdade” preparando-se
sempre para servir melhor.

Bibliografia:

  • Celeiro de Bênçãos – D. P. Franco, pág. 33
  • Pureza Doutrinária – Ari Lex – cap. I – VI
  • Diretrizes de Segurança – D. P. Franco/J. Raul Teixeira – cap. II
  • Reuniões Mediúnicas – Therezinha de Oliveira
  • Diálogo com as Sombras – H. C. Miranda
  • Conduta Espírita – A. Luiz/W. Vieira
  • O Livro dos Médiuns – 2.ª parte
  • Mediunidade – D. P. Franco

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

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