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Reciclagem Mediúnica

Reciclagem Mediúnica

40 – Pontos a serem observados para uma boa organização doutrinária no
trabalho de passes:

a) A aplicação do passe deve ser sempre no Centro Espírita; é o local
adequado e adredemente preparado pela Espiritualidade para os atendimentos
fluídicos.

O Centro terá equipes preparadas para o passe a domicílio, isto é, aplicação
de energias fluídicas em pessoas enfermas impossibilitadas de
freqüentarem o Centro. Este atendimento será feito, desde que seja solicitado,
num número mínimo de duas pessoas e ideal de três, uma vez por semana ou mais,
segundo a necessidade avaliada ou solicitada. Esse trabalho será também,
discreto, disciplinado, com todos os cuidados que regem a boa educação. Atenção
para que não se transforme em sessão mediúnica ou reunião social, cafés, mesas
de doces, convite, condicionamentos ou imposições para que freqüentem o Centro,
promessas de curas, recados, etc.

b) O passe deve ser discreto, simples, sem exterioridades – por ser
ato eminentemente cristão, dispensa todo formalismo; baseia-se no poder da
vontade em transmitir fluidos.

c) Aplicação em câmara de passes – por oferecer esta a condição de
ambiente favorável estando (pelo fato de ser para tal trabalho destinado)
saturarada de elementos fluídicos espirituais, isolada ou preservada da
curiosidade do público em geral e conseqüente dispersão fluídica.

d) Exposições evangélico-doutrinárias acontecem antes da
aplicação dos passes e necessitam ser exercidas por companheiros preparados e
que se esforçam para desenvolver qualidades morais utilizando nas exposições
linguajar acessível a todos. Esses estudos não só esclarecem as pessoas com
respeito à realidade espiritual, despertando-as para melhoramento do padrão
moral, como também para mudar o clima mental daquele que busca o passe,
tornando-o mais propício ao benefício fluídico.

e) Médiuns-passistas devidamente preparados sob o ponto de vista moral e
doutrinário
– é indispensável o cuidado na formação desta equipe constituída
por elementos conscientes e preparados quanto aos objetivos do trabalho.
Conhecimento doutrinário, moral elevada, saúde física e psíquica conseguidas
pelo esforço próprio de disciplina, equilíbrio, vigilância, oração e prática do
Bem.

f) Disciplina, recolhimento e elevação de pensamentos, horário no
início dos trabalhos: silêncio, ,leitura, meditação, formação e manutenção de
atmosfera espiritual adequada na Câmara de Passes.

g) Atitude do passista – as atitudes exteriores não contam uma vez que
a movimentação e a qualidade dos fluidos repousam na mente, na predisposição
interna, continuada dos passista, ponto inicial para obtenção dos resultados
desejados.

h) Esclarecimentos aos que buscam o passe – que devem antes de passar
ao trabalho propriamente dito na recepção das energias, ouvir quanto à
necessidade de preparação espiritual, pela prece, busca da renovação íntima, da
confiança, da mudança de pensamentos, enfim, abertura (e manutenção) de todo um
clima que possibilitam melhor aprofundamento fluídico.

i) Quantidade de passes transmitidos poderá levar o médium a cansaço físico,
mas nunca à exaustão fluídica. O trabalho do Bem só faz e traz bem.

j) Toda encenação, gestos, movimentos coreográficos toque no corpo do
paciente, estalar de dedos, esfregação de mãos, palminhas, respiração ofegante,
sopros, posições convencionadas, incorporação mediúnica, ou outros quaisquer
aparatos externos constituem-se como práticas esdrúxulas introduzidas ou
originadas da ausência de conhecimento doutrinário, de viciações ou
condicionamentos criados por assimilação e reflexo de outras práticas que nada
tem a ver com a Doutrina Espírita. Vem daí também o uso de roupas, aventais
especiais para o médium bem como outras enxertias decorrentes.

Quando se acreditava que o passe era simples transmissão magnética,
criaram-se certas crendices que o estudo e conhecimento da transmissão fluídica
desfez. Poderíamos lembrar: dar as mãos para que a “corrente” se estabelecesse,
alternância dos sexos, levantar as mãos para captar fluidos, necessidade do
passista libertar-se de objetos metálicos (relógio, jóias) exigência de que
aquele que recebe deveria estar com as palmas das mãos voltadas para cima, etc.,
etc., etc., práticas essas despropositadas face aos princípios doutrinários
espíritas.

l) Passe em roupas, toalhas, objetos ou fotos constituem-se como práticas
esdrúxulas e supersticiosas que fogem à simplicidade do passe espírita. Não tem
justificativa doutrinária uma vez que a transmissão das energias se caracteriza
como ato fraterno de pessoa para pessoa, em clima de confiança e elevação. Os
objetos não tem função alguma quando se entende que a transmissão fluídica pode
dar-se através do pensamento em prece, que vencendo distâncias, busca seu alvo,
levando as vibrações fraternas movimentadas pela ação do amor.

 

Conclusão: A transmissão fluídica, no ato do passe, com base nos
fundamentos doutrinários espíritas se processa segundo os seguintes
conhecimentos:

1 – O Fluido Cósmico Universal é o elemento primitivo do Perispírito e do
Corpo físico que são transformações dele. Por essa razão, esse fluido condensado
no Perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo.

2 – O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos
desencarnados e se transmite de Espírito a Espírito pelas vias e conforme seja
bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.

3 – Sendo o Perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos
espirituais, ele os assimila com facilidade “(…) como uma esponja se embebe em
líquido (…)”, dependendo da lei de sintonia e afinidade. Esses fluidos exercem
sobre o Perispírito uma ação tanto mais direta, quanto por sua expansão e
irradiação, o Perispírito com eles se confunde.

4 – Atuando esses fluidos sobre o Perispírito, este a seu turno reage sobre o
organismo material com que se acha em contato molecular: se os eflúvios são de
boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus a impressão é
penosa.

5 – Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria
orgânica, a fim de repará-la; pode ser dirigido pela vontade do médium
passista ou atraído pelo desejo ardente, fé, do paciente. Ideal será
quando se dê a simultaneidade, a conjugação das suas forças.

6 – Um fluido mau não pode ser iluminado por outro igualmente mau. Necessário
se faz expelir o fluido mau com auxílio de um fluido melhor.

O poder terapêutico está na pureza da substância inoculada, na energia da
vontade que quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e maior
força de penetração dará aos fluidos.

7 – Os fluidos são também veículo do pensamento, o qual pode modificar-lhes
as propriedades, impregnando-os de qualidades boas ou más, conforme sua pureza
ou impureza.

8 – O médium passista porta-se tranqüilamente diante ou atrás do paciente que
deve estar sentado ou que permanecerá deitado, caso esteja acamado, doente.
Manter-se-á em qualquer dos casos regular e conveniente distância, condicionada
pelo comprimento dos braços; impor as mãos sobre a cabeça (sem tocar ou
emaranhar os cabelos) sem toque no corpo de espécie alguma; vibrar profundamente
buscando no Amor e pela vontade, oferecer o melhor de si em benefício dele e a
ser usado pelos Amigos Espirituais segundo as necessidades que Eles sabem
quais são ou mais urgentes.

9 – O passe é transmissão de energias psíquicas e espirituais, dispensando
qualquer contato físico na sua aplicação. Desse modo são dispensadas todas
as formas exteriores, valendo aquelas que forneçam maior porcentagem de
confiança de quem dá e quem recebe atendendo aos princípios da ética,
simplicidade e discrição cristã do passe. Daí que, a simples imposição das
mãos
, na sincera e elevada atitude mental voltada para o bem, como
exemplificou Jesus, é a forma que melhor corresponde às orientações
doutrinárias.

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

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