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Reencarnação: Evidências e Fundamentos

Reencarnação: Evidências e Fundamentos

Inúmeros casos têm surgido de pessoas que passam a relatar vivências
anteriores durante o fenômeno, hoje relativamente comum, de regressão de
memória.

No final do século passado, o pesquisador francês Alberto Rochas, realizando
experiências com regressão de memória conseguiu levar uma das suas pacientes a
uma existência precedente. A partir daí vários outros cientistas, em diversas
partes do mundo, começaram a desenvolver essas técnicas, conseguindo anotar
milhares de referências concordantes com o princípio da Palingênese.

Recentemente, este processo foi desenvolvido com fins terapêuticos, onde
psiquiatras espiritualistas se utilizam de técnicas apropriadas para, através da
regressão de memória, dissolverem condições neuróticas de pacientes
psiquiátricos. Esses processo, ainda no campo experimental, portanto não aceito
pela Ciência Oficial, recebeu o nome de T.V.P. (Terapia de Vidas Passadas).

Pluralidade X Unicidade das Encarnações

A reencarnação se baseia nos princípios da misericórdia e da justiça de Deus.

Na misericórdia divina, porque, assim como o bom pai deixa sempre a porta
aberta a seus filhos faltosos, facultando-lhes a reabilitação, também Deus –
através das vidas sucessivas – dá oportunidade para que os homens passam
corrigir-se, evoluir e merecer o pleno gozo de uma felicidade duradoura.
Emmanuel chega a dizer que “a reencarnação é quase o perdão de Deus.”

Na lei de justiça, pois os erros cometidos e os males infligidos ao próximo
devem ser reparados durante novas existências, a fim de que, experimentando os
mesmos sofrimentos, os homens possam resgatar seus débitos, passando a
conquistar o direito de serem felizes.

A unicidade das existências é injusta e ilógica, pois não atende às sábias
leis do progresso espiritual.

É injusta, porque grande parte dos erros humanos é resultante da ignorância
e, numa só vida, não nos é possível o resgate de nossos erros, principalmente
quando o arrependimento nos sobrevêm quase ao findar da existência. É preciso
que se dê oportunidades ao arrependido para que ele comprove sua sinceridade
através das necessárias reparações.

É ilógica, porque não pode explicar as gritantes diferenças de aptidões das
criaturas desde sua infância; as idéias inatas, independentemente da educação
recebida, que existem nuns e não aparecem em outros; os instintos precoces, bons
ou maus, não obstante a natureza do meio onde nasceram.

As reencarnações representam para as criaturas imperfeitas valiosas
oportunidades de resgate e de progresso espiritual.

Só a pluralidade das existências pode explicar a diversidade dos caracteres,
a variedade das aptidões, a desproporção das qualidades morais, enfim, todas as
desigualdades que ferem a nossa vista.

Fora dessa lei, indagar-se-ia inutilmente porque certos homens possuem
talento, sentimentos nobres, aspirações elevadas, enquanto muitos outros só
tiveram em partilha tolices, paixões e instintos grosseiros.

A influência dos meios, a hereditariedade, as diferenças de educação não
bastam para explicar essas anomalias. Vemos os membros de uma mesma família,
semelhantes pela carne e pelo sangue, educados nos mesmos princípios,
diferençarem-se em bastantes pontos; personagens célebres têm descendido de pais
obscuros e destituídos de valor mora.

Para uns a fortuna, a felicidade constante e para outros a miséria, a
desgraça inevitável? Para estes a força, a saúde, a beleza; para aqueles a
fraqueza, a doença, a fealdade? Por que a inteligência aqui e a imbecilidade
acolá? Por que há raças tão diversas? Umas inferiores a tal ponto que parecem
confirmar com a animalidade e outras favorecidas com todos os dons que lhes
asseguram a supremacia? E as enfermidades inatas, a cegueira, a idiotia, as
deformidades, todos os infortúnios que enchem os hospitais, os albergues
noturnos? A hereditariedade não explica tudo e muitas aflições não podem ser
consideradas como resultados de descuidos, excessos e invigilância.

Por que também as crianças mortas antes de nascer e as que são condenadas a
sofrer desde o berço? Certas existências acabem em poucos anos, em poucos dias,
outras duram quase um século.

Os que defendem a unicidade das existências afirmam que isto se deve ao acaso
ou constitui-se um mistério divino.

Mas quando passamos a admitir a idéia de que já vivemos muitas vezes e
voltaremos a viver outras tantas, tudo se esclarece, tudo se torna compreensível
e Deus, Justo, Bom e Caridoso cresce diante do homem.

Bibliografia

  1. Livro dos Espíritos – Allan Kardec
  2. O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
  3. O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Leon Denis
  4. A Reencarnação e Suas Provas – Carlos Imbassay
  5. Reencarnação – Gabriel Dellane
  6. Depois da Morte – Leon Denis
  7. A Memória e o Tempo – Hermínio Miranda