Uma Reflexão No Limiar do Terceiro Milênio
Já estamos no tão esperado terceiro milênio e com a benção de Deus estamos
prosseguindo em nossas atividades na divulgação da mensagem espírita-cristã.
O tempo é uma benção de Deus, mas a sua contagem é uma convenção humana, à
qual não devemos nos escravizar.
Somos herdeiros da eternidade e vivemos no eterno hoje, com a obrigação de
fazer o melhor pela edificação de uma vida melhor.
O início de um novo ano, de um novo século e de um novo milênio deve
significar para todos nós o marco que determina o começo de uma nova etapa de
vida, a partir do qual estejamos mais dispostos ao trabalho de construção do
Reinado do Amor na Terra.
Unidos seremos fortes. Separados seremos frágeis.
O momento nos pede “união“! Grandes são as dificuldade para o
plantio das sementes evangélicas no solo dos corações humanos e se nós, que nos
candidatamos ao plantio não estivermos unidos na tarefa, definitivamente não
conseguiremos atender aos imperativos do serviço.
Estamos vivenciando momentos decisivos na vida planetária. A civilização do
computador, da Internet, do telefone celular, da robótica, da clonagem e dos
transgênicos ainda padece intensamente, assolada pelos inúmeros problemas morais
que ainda não obtiveram solução no coração humano. O homem do século XXI ainda
não superou seus grandes problemas do sentimento.
Apesar de todas as comodidades da vida moderna, o homem tenta se libertar da
depressão, dos conflitos íntimos, dos preconceitos diversos, das atitudes
possessivas, do materialismo avassalador, do apego ferrenho aos bens
transitórios, dentre outros problemas de ordem moral que ainda algemam o coração
humano às grandes da inferioridade.
Emmanuel, o iluminado mentor já nos disse, em certa página, que o homem
moderno domina por fora, mas, contraditoriamente, se sente derrotado por dentro.
Criamos um sistema de vida excessivamente baseado nos valores materiais, por
nos termos distanciado da busca religiosa.
Acontece que riquezas e objetos de matéria não geram paz de espírito, nem
resolvem o probema da carência de afeto, nem dissolvem mágoas, nem tão pouco
alimentam o coração com o tão essencial alimento do amor.
A máquina, convertida em “deus” pelo homem, não pode amar e jamais poderá
atender o homem em suas necessidades do coração. Tanto quanto o cérebro tem sede
de sabedoria o coração tem fome de amor e a alma, tanto quanto o corpo carece de
alimento, necessita de fé e tão somente a aquisição de valores espirituais
poderá salvar o homem aflito desta geração carente de fé.
Precisamos nos voltar para Deus, e com urgência, através da vivência
religiosa. Este retorno só será possível se oferecermos nossos corações,
obedientes, ao comando do Cristo, que é e sempre será para a Humanidade o
Caminho, a Verdade e a Vida. Sua voz de comando está estampada no seu Evangelho;
sigamo-la.
(Publicado no Boletim GEAE Número 428 de 22 de janeiro de 2002)