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A REGENERAÇÃO NÃO É PALINGENESIA, É SÓ NESTA

Vamos novamente ao assunto da reencarnação que, na Bíblia em grego, a língua original do Novo Testamento, aparece com o seu sinônimo “palingenesia”, que passou para o português com a mesma palavra ou “ipsis litteris”. Por isso, insisto para que os queridos leitores dessa coluna consultem essa palavra palingenesia nos dicionários de português, em que verão que ela significa de fato retorno à vida, novo nascimento. E àqueles que conhecem a Língua Grega, recomendo também que a consultem nos dicionários gregos.

Segundo as estatísticas atuais, são mais de setenta e cinco por cento da população mundial que creem na reencarnação, independente de religião. E todas as crenças têm adeptos dela, inclusive o Islamismo, como se pode ver no Alcorão (Surate II, 26, e Surate XVII, 52; e o Sufismo).

 Muitos falam que a palavra reencarnação não está na Bíblia. De fato não. Mas isso porque ela só foi criada por Kardec, na segunda metade do século dezenove, enquanto que os últimos escritos bíblicos datam do final do século um. A reencarnação ou palingenesia está sim, pois, na Bíblia em várias partes. (Para saber mais, recomendo meu livro “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência, lançado também em Inglês.)

 E a palingenesia pertenceu ao cristianismo até o Segundo Concílio Ecumênico de Constantinopla em 553, quando foi retirada por influência do imperador Justiniano e sua esposa Teodora. Dissemos numa coluna anterior que a palingenesia é o elo de ligação entre todas as religiões, exatamente porque ela conta com adeptos em todas as religiões. Mas não disse que é o único elo!

Vou citar apenas dois exemplos bíblicos da palingenesia: Jesus falava sobre a volta de Elias para preparar, como precursor, a vinda do Messias: “Então os discípulos entenderam que Jesus lhes tinha falado sobre João Batista”. (Mateus 17: 13). Ainda no Evangelho é dito: “Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E se se o quereis reconhecer, ele mesmo é o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos para escutar, que escute!” (Mateus 11: 13, 14 e 15). Tem, pois, que ser mesmo, como se diz, muito cara de pau, para negar que João Batista é reencarnação de Elias! Que os tradutores da Bíblia, adversários da reencarnação, corrijam, portanto, seu erro de tradução da palavra bíblica palingenesia por regeneração, entre eles: Tito 3: 5, com o propósito claro de ocultar as várias vidas terrenas constantes da Bíblia. E não é Deus e Jesus que nos regeneram, pois Eles respeitam o nosso livre-arbítrio. Somos nós mesmos, através da vivência do Evangelho que nos regeneramos. E é no período da palingeenesia que ocorre a nossa lenta regeneração (evolução). A regeneração, pois, apenas está na palingenesia, que não é a própria regeneração!  

Autor: Jose Reis Chaves