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Reuniões de educação da mediunidade II

José Queid Tufaile Huaixan

Um dos fatores que mais preocupam os médiuns iniciantes é o animismo. Como estão começando, é natural que sintam insegurança quanto à atividade que vão desenvolver.

O dirigente deve conversar freqüentemente com os medianeiros sob sua responsabilidade. Um clima amigável será fundamental para o sucesso do trabalho que se pretende realizar. Os principiantes devem se sentir em casa, como se estivessem numa família. O responsável pelos trabalhos é quem construirá este clima de simplicidade e segurança entre os participantes. A princípio, geralmente o médium sente-se inseguro. O dirigente deverá ajudá-lo, dizendo que esta preocupação é natural, mas que ele não deve absolutamente preocupar-se com isso. Com o tempo, o medo de servir na seara mediúnica desaparecerá.

Os iniciantes devem ser informados sobre o que é o transe mediúnico. Ninguém deve ficar esperando que os Espíritos desencarnados venham tomar-lhes o corpo físico e movimentar-lhes os órgãos vocais ou de escrita. O transe é uma espécie de representação, semelhante às que se verificam nos teatros. O medianeiro vai ficar “tomado” de um personagem estranho e vai transmitir suas idéias para a mesa. É evidente que ninguém troca de personalidade como se trocasse de roupas. Existem dificuldades a serem vencidas, mas o exercício constante logo demonstrará aqueles que são capazes de realizar a tarefa. Alguns médiuns têm mais capacidade representativa, outros menos, mais isso não deve desanimar aqueles que estão começando. O dirigente precisa deixar claro que cada um tem um potencial e que a experiência modificará a situação dos trabalhadores que tiverem mais dificuldades.

Outros servidores podem não conseguir desenvolvimento a contento. Há médiuns, cujas faculdades não saem do plano intuitivo e não servem às experiências mais ostensivas de atendimento a sofredores. Porém, podem trabalhar em outras atividades, comuns à sessão, tais como o serviço de secretariado, do passe, da doutrinação e mesmo na posição de simples colaboradores em vibrações.

Nas sessões de desenvolvimento mediúnico verifica-se que o rendimento em termos de produtividade é muito variável. Isso se dá em virtude da oscilação moral e energética de cada trabalhador. Médiuns iniciantes são muito instáveis emocionalmente. Há dias em que produzem a contento, e em outros de forma deficitária. Tudo isso, porém, são oscilações naturais do serviço de quem está dando os primeiros passos na senda mediúnica do Bem.

Nada é mais prejudicial ao médium iniciante do que a indisciplina e o amor próprio. A mediunidade se aperfeiçoa com a experimentação. Ninguém é médium pronto. O ideal seria que o medianeiro se submetesse ao exercício da mediunidade pelo menos duas vezes semanalmente Nem sempre tal freqüência é possível, porém, recomenda-se que ela nunca seja inferior a uma vez por semana.

Nos casos de desenvolvimento de psicografia, o exercício poderá ser mais freqüente, podendo chegar em alguns casos, ao treinamento diário. Mas nos trabalhos de psicofonia, onde ocorrem “incorporações” mais ou menos intensas, com desgastes energéticos e fluídicos, é desaconselhável que aconteça mais que duas vezes semanalmente. A perda de energia e drenagem fluídica excessiva pode causar danos ao organismo.

O amor próprio é uma praga que se faz presente em muitos situações. Todos nós somos Espíritos imperfeitos e ainda não conseguimos nos livrar de atitudes geradas pelo orgulho e pela vaidade. Quem somos nós, sem a ajuda e a proteção dos Espíritos superiores? Portanto, não há motivo para nos envaidecermos nas sessões de educação da mediunidade ou em qualquer lugar que seja. Sempre seremos aprendizes da escola do Cristo.