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Trabalhos encomendados?

Podemos ser prejudicados por alguém que nos queira mal? Existem poderes neste
sentido? E como fica a proteção de Deus diante dessas ações? Existe, afinal, o mal-feito?

Eis perguntas que atormentam muita gente. De início vale dizer que gestos, práticas
místicas ou objetos são absolutamente nulos no combate a qualquer possível “trabalho
encomendado”. Mas o que é um trabalho desse tipo? Tudo começa com alguém que deseja
prejudicar terceiros, já se complicando por si mesmo pois está burlando a lei de
amor que rege a vida de todos os seres humanos. Terá que responder por isso, mais
cedo ou mais tarde.

A questão inicia-se com a procura de médiuns ou pseudo-médiuns encomendando providências
para atrapalhar e mesmo prejudicar a vida de qualquer pessoa, através da ação de
espíritos inferiores e sem esclarecimento. É uma espécie de pacto, aceito somente
por quem age fora da ética e da justiça, tornando-se todos (o interessado, o atendente
e possíveis espíritos envolvidos) responsáveis por possíveis ações desencadeadas
e suas conseqüências.

Mas, e a pessoa visada? Esta receberá a ação visada, mas só será vítima se estiver
sintonizada na mesma ordem de pensamentos e sentimentos. Uma pessoa honesta, digna,
de bons sentimentos jamais será atingida, pois está protegida pelo próprio comportamento.
Aliás, proteção a que faz jus pela conduta que adota. Deus é justo, convenhamos.
Mas alguém que leva uma vida de ciúmes, de inveja, de vingança, de comportamento
fora dos padrões éticos de moralidade e bondade, será sim envolvido pela onda que
a ele dirigiram. Questão de sintonia, apenas.

Mas, em verdade, trabalhos encomendados ou mal-feito não existem. Não
por uma simples razão: tudo que se faz se faz para si mesmo. Toda ação ou pensamento
dirigido a terceiros, retorna para o próprio autor. Somos escravos de nossas ações,
de nosso comportamento, de nossos pensamentos. O prejuízo, portanto, é de quem faz.
Quem é visado, poderá até sentir alguma perturbação, mas se sua vida for uma vida
digna, correta, não há o que temer.

Porém, quando alguém abriga vingança, ódio, rancor e outros sentimentos inadequados
à conduta cristã, aí sim está na mesma sintonia, está semelhante a quem desejou
o mal. Neste caso, ambos estão envolvidos na mesma onda de sentimentos e portanto,
vinculados um ao outro.

Portanto, não é uma questão de trabalhos encomendados ou mal-feito. É
simples questão de sintonia mental. Isto porque os objetos usados, sejam quais forem,
os rituais e pagamentos efetuados são absolutamente ineficazes, por incompatíveis
com aquilo que está simplesmente nas intenções. Por esta razão, não existem trabalhos
encomendados
. Existem más intenções, com suas inevitáveis conseqüências. Nada
de medos, portanto. Basta adotar conduta reta e constante ação no bem próprio e
geral.