A vida e o seu sentido
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde não é a ausência de
doença, mas uma condição de pleno bem estar físico, mental social e espiritual,
no qual se tem acesso ao uso de todas as potencialidades, mantendo-se aberto ao
crescimento e a evolução.
Neste estado podemos sentir em todos os momentos alegria de estar interagindo
com os outros e o prazer de viver, sentimentos de plenitude e consciência de
harmonia com o universo que nos circunda, e quando falamos em universo, não
expressamos somente o universo planetário, distante de nós, mas as mais singelas
expressões naturais que estão definitivamente vivas ao nosso redor, participando
ativamente de nosso habitat e interagindo conosco, recebendo as nossas vibrações
e transmitindo suas energias, a todo o instante.
O sentido da vida esta efetivamente em buscarmos viver não em excessos mais
em equilíbrio, fazendo o que queremos, pois somos livres para agir, mas
medindo o poder de nossas ações e estudando cautelosamente as conseqüências das
mesmas. Saber onde acaba nosso limite e começa o do outro, é um dos principais
recursos para se viver em sociedade e em harmonia, ainda que exista conflitos a
serem vencidos e vivenciados.
As emoções e sentimentos, especialmente quando não encontram meios de
expressão, somatizam-se e manifestam-se de variadas maneiras, de acordo com a
predisposição genética e comportamental e as fragilidades orgânicas de cada
indivíduo. Somos sabedores que todos temos uma genética espiritual, da qual não
podemos fugir, mas podemos sublimar as deficiências aí existentes, então nessa
genética espiritual estão contidas nossas principais deficiências que viemos
angariando com o passar dos tempos, e que hoje muitas dessas deficiências estão
em estado de latência, e outras virão compulsoriamente no sentido de nos
reeducar. As que estão no estado de latência, poderão ou não se manifestar ao
longo dessa atual etapa existencial, dependendo de nosso modus vivendi, de hoje.
Vamos exemplificar, eu posso ter pré-disposição a uma enfermidade cancerígena e
dependendo de minha conduta, manifestá-la ou não, se abusar de cigarros ou
outras substancias que eminentemente ativam essa deficiência, eu de fato terei.
Mas se vivo, buscando a saúde e não me favoreço com tais substancia, é possível
que eu não desenvolva tal enfermidade.
Cada vez mais avoluma-se o número de pesquisas que nos mostram a relação que
existe entre a saúde, emoções e atitude mental. Existem pensamentos, sentimentos
e atitudes que predispõem à saúde e outras que predispõem à doença.
O que nos leva a perguntar: Estamos vivendo o que é próprio para viver no
hoje? – Estamos vivendo agora da melhor maneira que podemos viver? – O nosso
corpo está saudável? – Estamos nos sentindo bem, mas de fato estamos bem? –
Agradecemos cotidianamente o nosso corpo? – Oramos durante o dia? – Entramos em
sintonia com o Senhor da Vida? – Quando chegamos diante do espelho, nos achamos
belos? – Somos importantes para nós mesmos? – Fazemos o melhor possível, sempre
que produzimos algo?.
A nossa essência não é o corpo, a máscara. A nossa essência é o ser, o
espírito, que torna essencial todas as coisas.
Quando se tornar mais patente a compreensão desta verdade em nossas vidas, e
nossas mentes estiverem conscientes, a ponto de se tornarem transparentes, a luz
interna do nosso ser já não estará mais escondida, oculta, esquecida, ela irá
espelhar o que de fato somos e nossos potenciais adormecidos.
Fazer a nossa parte na vida, respeitando os outros, é muito importante. Por
vezes, fazemos pouco, mas já é um começo, e aí, mesmo sendo pequeno nosso
contributo, precisamos acreditar que ele também é importante. DESISTIR NUNCA!
De fato, ter uma visão positiva do futuro talvez seja o mais poderoso
motivador que você e eu temos para mudança. “Ao final do trabalho, Barker relata
uma estória bastante curiosa a qual se baseia nos escrito Loren Eiseley.
Descreve que um homem muito sábio seguia pela beira da praia quando divisou a
uma certa distância um vulto que lhe pareceu estar dançando. A idéia de alguém
dançando na praia lhe pareceu interessante e ele buscou aproximar-se. Verificou
tratar-se de um jovem com uma atitude peculiar. O que lhe parecia um bailado era
na verdade um conjunto de movimentos que o rapaz fazia para abaixar-se, pegar
estrelas-do-mar e atirá-las de volta ao oceano. O sujeito achou a atitude
curiosa e inquiriu ao rapaz: – “O que fazes?” – “Jogo estrelas de volta ao
mar..” – foi a resposta dele. – “Talvez devesse ter perguntado por quê o
fazes…” – continuou o homem com um ar de deboche. – “É que o sol está a pino e
a maré está baixando, se não as atirar elas morrerão ressecadas” – retrucou. –
“Mas que ingenuidade! Você não vê que há quilômetros e quilômetros de praias e
nelas há milhares e milhares de estrelas! Sua atitude não fará diferença.” O
jovem abaixou-se, pegou uma estrela e cuidadosamente a atirou de volta ao mar,
seguindo o seu peculiar procedimento. Em seguida voltou-se para o homem e disse:
– “Para essa aí fez diferença…” – O homem ficou muito pensativo sobre o que
ocorrera e naquela noite não conseguiu dormir pensando nas palavras do jovem. No
dia seguinte levantou-se, vestiu suas roupas, foi até a praia e começou com o
jovem a atirar estrelas no oceano. Barker concluí a estória com uma reflexão
importante. O que o jovem tinha de diferente era a sua opção de NÃO ser mero
observador do universo, mas AGIR nele, modificá-lo de alguma forma e afirma:
“… uma visão sem ação é um sonho. Ação sem visão é passatempo. Mas se aliamos
nossas visões modus vivendis faremos diferença no universo.”
Então, vamos fazer a diferença no Universo que nos rodeia, vamos ser os
primeiros a respeitar, a declarar o amor, a viver mais saudáveis, a buscar
sempre o melhor, a orar, enfim, existem tantas coisas boas que podemos fazer.
Mas lembre-se que você pode fazer a diferença.