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A polêmica do uso de células-tronco

A polêmica do uso de células-tronco

A capacidade das células-tronco de se multiplicarem, reparando e formando diversos
tecidos do corpo, como os da própria pele, do cérebro, dos ossos, do coração e dos
músculos, torna essa pesquisa um importante avanço da  medicina no tratamento
de doenças até hoje incuráveis, como câncer (a leucemia inclusive), lesões na coluna
(problemas de paralisia), danos cerebrais (traumas e doenças como os males de Alzheimer
e de Parkinson), tratamentos para doenças neurodegenerativas, danos no coração entre
outras.

Alguns métodos de coleta das células-tronco não geram polemicas ético-religiosas,
como a coleta pelo cordão umbilical ou da medula óssea do próprio paciente. A polêmica
surge quando se trata da retirada de células-tronco de embriões, visto que isso
implica a destruição deles. Muitos argumentam que o extermínio desses embriões é
tão criminoso quanto o aborto, uma vez que acaba com uma forma de vida. Aliás, embriões
e fetos provenientes de abortos seriam fontes para a coleta desse material.

As células-tronco podem ser encontradas mais comumente em duas regiões do corpo:
na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, que permanece na placenta após
o nascimento do bebê. E elas podem ser uma alternativa, por exemplo, para os casos
de leucemia, em que o transplante de medula óssea nem sempre pode ser realizado,
embora seja um procedimento de sucesso. Já com o sangue do cordão umbilical congelado,
as células-tronco ficam disponíveis para serem usadas em casos como esse durante,
pelo menos, 15 anos após a coleta, embora alguns estudos considerem a possibilidade
de estocagem por até 50 anos. Além dessa vantagem, nesse tipo de transplante não
há risco de rejeição, uma vez que as células provêm do próprio paciente.

No Brasil

O Brasil realizou no dia 08/10/2004 numa menina de 9 anos portadora de leucemia
linfóide aguda o primeiro transplante de medula óssea com cordão umbilical coletado,
congelado e disponibilizado no país. A informação foi divulgada por autoridades
médicas em Jaú, no interior paulista, onde o procedimento foi realizado. O Ministério
da Saúde anunciou a implantação no país da rede BrasilCord, um banco de sangue público
de cordões umbilicais

Com o sangue do cordão umbilical congelado, as células-tronco ficam disponíveis
para necessidades futuras, como no caso do surgimento de doenças, durante pelo menos
15 anos após a coleta. Além dessa vantagem, não há risco de rejeição quando essas
células forem implantadas no paciente, uma vez que elas foram retiradas dele mesmo.

Clonagem terapêutica

Muitas pessoas pensam que a clonagem serve apenas para a criação de cópias de
seres humanos. Entretanto, vários cientistas a vêem como uma possibilidade de cura
para diversas doenças que atualmente não podem ser tratadas. Trata-se da tão falada
clonagem terapêutica.

Esse processo consiste em obter um embrião da pessoa doente por meio da clonagem
e retirar as células-tronco dele. Essas células têm potencial para se transformar
em qualquer tipo de célula adulta do nosso corpo, como, por exemplo, células cardíacas
ou nervosas. Assim, elas poderiam ser estimuladas a se transformar no mesmo tipo
de célula que estão lesadas no organismo do doente. Por exemplo: uma pessoa com
leucemia que necessitasse de um transplante de medula seria clonada, dando origem
a um embrião, do qual seriam retiradas células-tronco. Dessa forma, a pessoa seria
doadora para si mesma, sem correr o risco de que seu organismo viesse a rejeitar
o transplante, pois as células utilizadas seriam retiradas de seu clone, que apresentaria
a mesma constituição genética que ela.

Mas ainda existe uma séria e relevante discussão envolvendo a técnica: embriões
teriam de ser sacrificados em prol da vida do doente. Muitas pessoas no mundo inteiro
se manifestam contra esse procedimento, alegando que, se o embrião não tivesse seu
desenvolvimento interrompido, uma pessoa nasceria. Isso é comparar essa forma de
clonagem a um aborto. Por outro lado, muitas pessoas portadoras de doenças genéticas
ou lesões medulares que impedem a locomoção defendem essa técnica porque enxergam
nela a única possibilidade de cura definitiva atualmente conhecida.

Conclusão pessoal do autor: A meu ver, existindo a possibilidade do uso
de células-tronco originárias da medula óssea ou de cordões umbilicais seria o mais
indicado no auxilio ao tratamento das diversas enfermidades supra citadas. Mas por
outro lado, não existindo a possibilidade desses dois meios e restando somente a
alternativa de clonagem de um embrião, penso que não seria o mesmo que um aborto.

Primeiro, no aborto provocado, a mãe age por seu livre arbítrio sem o consentimento
de Deus, que em muitos casos enviou aquele espírito sem a intenção de fazer com
que sofresse essa prova, e pela vontade dela haveria o aborto ou não, conseqüentemente
ela pagaria por esse ato de uma forma ou de outra.

No caso da clonagem do embrião em laboratório, tudo isso já estaria premeditado,
com a intenção de curar e salvar outras vidas, e Deus não enviaria um espírito para
sofrer um aborto (a não ser que fosse para pagar uma prova), para reencarnar em
um embrião que já estaria destinado a ciência para este fim.

Referencias:

  1. O debate sobre o uso de células-tronco de 14/05/2004
    Por Diogo Dreyer no site www.portalpositivo.com.br
  2. Clonagem terapêutica
    Por Silvia Schaefer — Professora de Biologia do portal no site www.portalpositivo.com.br
  3. Brasil realiza 1º transplante com cordão umbilical
    Por Reuters site http://noticias.terra.com.br
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