A Vida de Jesus
“” Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver
caridade, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. “Ainda que
eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência;
ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver
caridade, eu nada serei”
“Jesus”.
Quando se fala na vida do Mestre, um frenesi percorre a nossa mente em busca
de inspiração para expormos algo, do que, aprendemos sobre a sua vida no orbe
terrestre, através das religiões que praticamos. Só que, os teólogos, os
religiosos, procuram ficar somente na parte literal, esquecendo ou escondendo
nuances, que só aprenderemos através dos exegetas e de pesquisas profundas,
feitas com amor e dedicação. Esconder para que? A vida de Jesus é contada de
diversas maneiras, se assim ou assado não interessa; o que vale são os preciosos
ensinamentos que ele nos deixou e que muita gente não os seguem, por ignorância,
preguiça ou falta de fé. Vem de longa data a controvérsia sobre a vida de
Jesus. Certas religiões o consideram Homem-Deus ou mensageiro do alto. Outras o
julgam, filosofo ou líder de massa e dominador de multidões, um homem de gênio,
um homem prodigioso, um revolucionário e a até quem o julgue como o pior dos
anarquistas (Aníbal Vaz de Melo). O teólogo francês Alfred Loisy, o
classifica de um camponês medíocre. Eu, não chegaria a tanto. Digo que, sigo
seus ensinamentos, o considero Meu Irmão Maior, amigo de todas as horas e o
único Espírito Puro que pisou a face da terra. Além, dessas aberrações
teológicas, existem aqueles, espíritos inferiores que negam a sua existência, o
filosofo alemão Arthur Drews, escreveu, um livro, cujo título é “O Mito de
Cristo” e J. Brandes em sua catilinária, afirma que Cristo nunca existiu.
Agnósticos com certeza. Uma vez elaborei uma matéria contando a vida de Jesus
dos 13 aos 30 anos, só que alguns companheiros julgaram e disseram, que eu,
estava cometendo uma heresia. Julgar por julgar, nada vale. No Novo Testamento,
a vida do Mestre sofre um hiato entre sua infância e a maturidade, dos 13 aos 30
anos, como citei anteriormente. A Bíblia não esclarece nada a respeito desse
período, e os nossos irmãos de crenças acreditam que ele esteve trabalhando com
seu Pai José. Alguns estudiosos dizem que quando Jesus estava com catorze
anos seu pai desencarnara e acrescentam: Tomou para si, a pesada tarefa do filho
primogênito, qual a de sustentar a família. Há quem afirme que Jesus levou uma
vida de pobre, Daniel Rops, ajudava sua mãe nas tarefas diárias. Vale
ressaltar que a profissão de carpinteiro, não era executada por pessoas tão
humildes assim como nos dias de hoje, a de pescador também, que era a de Pedro
seu discípulo, a maioria desses pescadores possuíam muitas embarcações e não
simples jangadas. “Os galileus eram pessoas honradas, menos formalistas, que os
povos da Judéia, corações simples, um pouco rudes. Jesus tomou deles sua
linguagem, seus costumes e muitas imagens de suas palavras”. Não é esta minha
opinião, Jesus como espírito puro, buscava conhecimentos e por isso sua ausência
e tão decantada em prosa e versos. Ernesto Renam talvez seja o estudioso mais
sensato, quando fala da vida de Jesus de Nazaré. Nesta cidade veio a sua
primeira glória, se foi carpinteiro ou não, é menos importante, a sua vida
mística que muitos condenam existe um ar de veracidade, condenar o misticismo
para que: João Evangelista era místico e até o nosso grande Bezerra de Menezes
também. Para quem quer estudar mais amiúde o Dr. Francisco Klors Werneck,
conta com detalhes à vida do Cristo e o que ele fez na sua ausência. Falar
também que Jesus aprendeu e pertencia à seita dos essênios para muitos é uma
aberração, o problema é que nós seres humanos não somos donos da verdade.
O que acontece a mais de dois mil anos atrás se dissolveu no tempo, acho
até que apesar destes percalços existe uma biblioteca extensa a disposição dos
estudiosos. Jesus era conhecido também como o Santo Issa, de acordo com os
escritos tibetanos, tendo vivido entre os brâmanes e budistas. José de Arimatéia
teria viajado com Jesus e chegado até o estreito de Gibraltar onde lá
construíram um templo, que existe até os dias de hoje. Aprendeu falar através de
parábolas com os budistas e com os indianos, levitação. O que muita gente não
aceita é que Jesus tenha sido professor; em Benares estudou ética, física,
gramática, matemática e outras disciplinas. Esteve também no Egito, estudou no
Oriente com os seus discípulos; Eduardo Schuré disse o que Jesus queria saber
só, os Essênios podiam ensinar. Não sou quem afirmo; Annie Besant outro
estudioso diz que Jesus aos dezenove anos entrou para o mosteiro essênio das
proximidades do Monte Serbal.
Até os muçulmanos acreditam que Jesus morreu em Kashmyr, na Índia. Como
citei antes Jesus esteve na Inglaterra com José de Arimatéia, fato citado pelo
Sr. André Cehesse. E ainda existe a polêmica dos manuscritos do Mar Morto,
aprofundando cada vez mais o mistério, do maior símbolo da humanidade de todos
os tempos. São mistérios que não devemos discordar e sim tomar ciência da
personalidade de Jesus, pois seu mistério vai ao infinito como afirma nosso
irmão Aureliano Alves Neto. A sinagoga era o centro da vida religiosa, a
casa onde se ouvia a palavra de deus e onde se rezava. Em uma antiga inscrição
numa sinagoga, lê-se que a casa fora construída “para a leitura da Lei e para o
ensinamento dos preceitos”.
Segundo a tradição, só podia ser usada para a leitura da Lei escrita (a Torá),
para transmissão da leitura oral (as tradições e interpretações efetuadas pelos
rabinos) para pesquisa e para o desenvolvimento da Lei e sua aplicação na vida
prática. A sinagoga constitui ainda o centro da vida cultural de Israel.
A tentativa de reconstruir o mundo cultural de Nazaré e de Jesus segue,
assim, um caminho que nos leva à sinagoga e se perguntássemos o que lia Jesus, a
resposta seria: “o que lia na sinagoga”. Se Jesus conheceu e manuseou escritos,
estes foram, sem dúvida, os textos das sinagogas: a Torá, os Profetas, os
Salmos, as traduções em aramaico dos livros sagrados, as diversas orações.
Não cabe a eu julgar, e sim repassar aquilo que aprendi através de pesquisas
e estudos, já os que procedem ao contrário nada vão acrescentar aos seus
alfarrábios intelectuais.