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A Vontade de Deus

A Vontade de Deus

Esta conclusão, que pode escandalizar a muitos, nada tem de extraordinária.
Um recém-nascido, malgrado sua fragilidade e inconsciência, é um ser adulto em
potencial. O homem, semelhantemente, em que pese a suas limitações atuais,
possui em germe todas as faculdades que hão de deificá-lo. Questão de tempo,
trabalho e perseverança nos bons propósitos.

Assim não fora, e o Cristo não teria feito esta exortação: “Sede perfeitos,
como perfeito é o vosso Pai Celestial”.

Há ainda um outro fator de suma importância que impede a cristalização do
homem na rebeldia: o desejo de ser feliz.

A felicidade é sua maior e mais profunda aspiração.

Todo homem quer possuí-la, anseia tê-la por companheira inseparável de sua
existência.

Por outro lado, não há um só que possa ter o desejo mórbido de ser infeliz
para sempre, renunciando em definitivo às delícias de bem-aventurança.

Ora, como “ser feliz” é uma decorrência de “ser bom”, tanto quanto “ser
infeliz” o é de “ser mau”, segue-se que o homem, por mais embrutecido e perverso
que seja, há de, infalivelmente, cansar-se de sofrer, por descumprir as Leis
Divinas, buscando, afinal, aquela felicidade verdadeira e indestrutível que
consiste em fazer o bem, ou seja, em cumprir, com amor, a vontade do Pai
Celestial.

(Revista Reformador – Agosto de 1971)