Comunicabilidade dos Espíritos
“A comunicabilidade dos espíritos com os encarnados não é um fato recente, mas
antiguíssimo, com única diferença que no passado era apanágio dos chamados iniciados
e na atualidade, com o advento do espiritismo, tornou – se fenômeno generalizado
em todas as camadas sociais. A possibilidade dos espíritos de se comunicarem é uma
questão muita bem estabelecida resultante de observações e experiências rigorosamente
realizadas por eminentes pesquisadores. Os espíritas não têm dúvidas a esse respeito;
porém, determinados irmãos que abraçam correntes religiosas diferentes da Dou E,
procuram critica – la, chamando a atenção, entre outras coisas, sobre a proibição
mosaica de evocar os mortos…” (Apostila FEB).
“Se a Lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada neste ponto. Força é
que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante às evocações
e não mais em outras partes?
A proibição, tinha, pois, razão de ser. Nos dias atuais o ser humano adquiriu
novas conquistas, o progresso humano se fez pelo predomínio da razão e a prática
do intercâmbio espiritual defendida pelo Espiritismo tem outras finalidades: moralizadora,
consoladora e religiosa ““.
Deve o espiritismo condenar tudo o que motivou a interdição de Moisés?
Os Espíritas não fazem sacrifícios humanos, de animais, de plantas, não interrogam
os mortos, os adivinhos e magos para informar – se de coisa alguma, não usam medalhas,
talismãs, fórmulas sacramentais ou cabalísticas para atrair e afastar espíritos.
A evocação dos espíritos exercida pela prática espírita tem o fito de receber
conselhos dos espíritos superiores, moralizar aqueles voltados para o mal e continuar
com as relações de amizade de amor entre entes queridos que partilharam ou não a
vivência reencarnatória.
Pelas orientações instrutivas e altamente moralizadoras fornecidas pelos benfeitores
espirituais, pelo valioso aprendizado oferecido pelos desencarnados e sofredores,
conclui-se que a prática mediúnica, é um fator de progresso humano, pelos benefícios
que acarreta.
Repelir as comunicações do além – túmulo é repudiar o meio mais poderoso de instruir
– se, já pela iniciação nos conhecimentos da vida futura, já pelos exemplos que
tais comunicações nos fornecem. A experiência nos ensina além disso, o bem que podemos
fazer, desviando do mal os espíritos imperfeitos, ajudando os que sofrem a desprenderem-se da matéria e a se aperfeiçoarem. Interditar as comunicações é, portanto, privar
as almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos dispensar.