Muitos detalhes fazem o cotidiano do Centro Espírita, principalmente considerando
o perfil de cada grupo, característica predominante de cada Centro. Muitos desses
detalhes, porém, não são abordados ou falados, embora exerçam grande influência
no rendimento e qualidade da prática espírita. Reflita comigo, leitor.
1) HORÁRIO DE VERÃO – Com a adoção do horário de verão, costuma-se verificar
atrasos no início das tarefas, pelo atraso de companheiros, em prejuízo das atividades.
Se há palestra marcada para as 20 horas e o sol ainda está lá, a freqüência sofre
grande prejuízo, pela ausência da disciplina quanto ao horário. Iludidos pela
claridade do dia, atrasam a ida aos compromissos assumidos. Se temos um compromisso,
temos que honrá-lo, não importa se com ou sem sol. O horário de verão é instituído
e nossa vida precisa ser regida pela disciplina de horários, pelo menos em respeito
aos demais companheiros.
2) CHEGADA NO MOMENTO DA PRECE – Iniciada a prece, chegam os companheiros que
perderam o horário. Chegam e entram, caminhando e causando barulho no ambiente.
Ora, isto causa prejuízo à concentração. Pensemos nisto. Melhor aguardar na porta
até que a prece seja encerrada, mantendo-nos também em sintonia.
3) PALESTRAS COM EXPOSITORES DE OUTRAS CIDADES – Comum ocorrer que no dia de
palestra não há público. Como podem encher nossas Casas somente quando há passes?
Considerando o desinteresse do brasileiro, em todos os aspectos, até que compreendemos
a questão. Mas, esta ocorrência com os próprios trabalhadores da Casa, é realmente
lamentável… O expositor vem de longe, foi convidado, preparou um trabalho a ser
apresentado e nós nem vamos lá para prestigiá-lo?
4) AULAS DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL E MOCIDADE – Qualquer fato diferente em
família já é motivo para a criança não comparecer à aula do Centro. Os pais não
dão a prioridade que o assunto merece. Atrasou o almoço, chegou parente ou qualquer
motivo fútil e pronto, a criança não vai ao Centro e perde a aula que foi carinhosamente
preparada e que poderia ajudá-la em muitos aspectos. Irresponsabilidade dos pais,
deixando para plano secundário a importância da Doutrina.
5) CELULAR NO CENTRO – Em meio à reunião, toca o celular. E o pior é que a
pessoa atende, desviando a atenção de todo o grupo. O bom senso indica que o celular
deve ser desligado durante a permanência no Centro.
6) PRECE INICIAL – Ninguém quer fazer. Por que este medo? Ora, a prece é algo
sublime, um cântico ao Criador, em palavras que brotam do coração, num grupo de
pessoas que se querem bem. Não estamos no Centro para espetáculos verbais ou para
sermos admirados por nossas palavras. Estamos lá justamente para aprender…
7) DESATENÇÃO COM OS ASSUNTOS DO CENTRO – Informa-se com carinho sobre eventos,
palestras, imprensa, etc. A pessoa vai pra casa e depois alega: “Esqueci-me!”.
Novamente questão de prioridade de interesses, administração do próprio tempo.
8) ASSUNTOS PARALELOS – Lição em assunto, palestra em andamento, e conversas
em paralelo, em som que compromete a atenção do público e constrange o expositor.
Disciplina que precisamos conquistar. Muitos pontos vitais de determinadas ponderações
ou explicações são perdidos exatamente no momento dessas conversas inconvenientes.
Embora esta abordagem possa ser considerada “até dura demais”, lembro-me de professora
primária que nos dizia que precisamos ter “desconfiômetro” para usar o
bom senso no momento de ser usado.