Dez Normas Básicas Administrativas Para Uma Sociedade Espírita
Este documento tem como objetivo dar um exemplo das Normas Administrativas
a que estão sujeitos os trabalhadores de uma casa espírita que funcione dentro
de uma linha disciplinar mínima, para que se viabilize um bom funcionamento das
atividades. Como trabalhador da casa espírita entenda-se aquele que abraça
verdadeiramente a tarefa, tendo como prioridade em sua vida o crescimento
espiritual através da compreensão dos ensinos de Jesus.
1. Da admissão
- A admissão de trabalhadores na casa espírita será sempre pelo Curso Básico
de Iniciantes. O curso dura cerca de 3 meses e funciona como um laboratório,
onde as pessoas passam por um período de adaptação das idéias. - Após este período, o novo integrante permanecerá ainda em experiência por
6 (seis) meses, quando será avaliado quanto ao desempenho e adaptação às
normas da casa. Só após esta fase será efetivado definitivamente, podendo
desligar-se a qualquer tempo, se assim for de sua vontade, ou se não estiver
cumprindo com suas tarefas adequadamente junto à Sociedade. - O trabalhador poderá, em caráter excepcional, e dependendo dos motivos,
afastar-se temporariamente por um período de no máximo 90 dias.
2. Das taxas
- Quando admitido, o trabalhador compromete-se a contribuir com as despesas
da instituição. O valor de sua contribuição mensal será de sua livre escolha,
mas deverá ser de no mínimo 20% do Salário Mínimo vigente. Essa taxa deverá
ser entregue à Tesouraria até o dia 10 de cada mês. O não cumprimento desse
compromisso acarretará problemas administrativos sérios. Considere-se que toda
casa que presta serviços à Comunidade, por menor que seja, incorre em despesas
de manutenção e assistência. Nada mais justo que as despesas sejam
distribuídas entre os membros da Sociedade espírita.
3. Das atividades
- Todas as atividades da casa são desempenhadas pelos seus trabalhadores.
Portanto o sucesso do empreendimento doutrinário dependerá exclusivamente do
melhor desempenho de cada um. Procurar dedicar-se com afinco e
responsabilidade às tarefas é dever de todo trabalhador da casa espírita; - Se por algum motivo o trabalhador necessitar ausentar-se (viagens, doenças
etc), deverá comunicar aos dirigentes, para que seja providenciada a
substituição na tarefa que lhe cabe; - O trabalhador deverá estar integrado em pelo menos 3 (três) atividades da
casa: Reunião de Estudo (item 4); Reunião Pública (item 5) e Assistência
Social (item 6). - O trabalhador poderá ser convidado, a título experimental, a participar de
outras atividades da Sociedade, além das que ele participa habitualmente,
dependendo da avaliação do Conselho Administrativo, de acordo com sua
dedicação, disciplina, seriedade e fidelidade aos ideais do Cristo.
4. Dos estudos
- A freqüência em reuniões de estudos é obrigatória, uma vez que os
objetivos dos trabalhadores da Causa é instruir-se para servir mais e melhor,
através de sua melhoria íntima. Será permitido um total de 25% de faltas ao
estudo, justificadas ao longo do ano. Faltas acima desse patamar, por
justificativa útil, será motivo de afastamento do trabalhador de suas tarefas. - O atraso às reuniões de estudos também deverá ser o mínimo possível e por
motivo justo. O trabalhador da Seara do Cristo deve exemplificar as lições que
aprende e uma delas é a responsabilidade e seriedade com seus compromissos.
5. Das reuniões públicas
- Todo trabalhador deverá se fazer presente nas reuniões públicas de
explanação do Evangelho de Jesus, mesmo que não esteja inserido em nenhuma
atividade. No momento da palestra é imprescindível sua atenção e apoio. Além
do mais é o trabalho mais grave da Sociedade e todos precisam participar dele
para instruírem-se moral e intelectualmente. Portanto evite-se as conversas ou
outras distrações nessa hora. Todas as outras atividades deverão igualmente
serem suspensas no horário da palestra.
6. Da assistência social
- Todo trabalhador deverá, obrigatoriamente, estar inserido em uma frente de
assistência social da casa. Existem normas que regem esses trabalhos. Procure
a atividade com que mais se afinize. Se não encontrar afinidade, integre-se
assim mesmo. Com o tempo verá que o trabalho caritativo bem feito, nos faz
mais brandos de coração. É recomendada a participação dos membros iniciantes,
na Campanha Auta de Souza.
7. Das reuniões administrativas
- É obrigatória a presença do trabalhador nas Reuniões Administrativas para
que participe das decisões tomadas na Sociedade e tome conhecimento de
eventuais mudanças que necessariamente são feitas. Em caso de impossibilidade
de comparecimento, justifique-se. Sua participação é muito importante.
8. Das Promoções
- A casa espírita promove, mensalmente, bazares ou almoços beneficentes com
o objetivo de angariar recursos materiais para as atividades da casa. Todos os
membros são responsáveis pela promoção, devendo ficar responsáveis por uma
quantidade determinada de convites a serem vendidos. O total de convites de
cada trabalhador poderá ser determinado em reunião administrativa, de comum
acordo com todos ou individualmente, dependendo das possibilidades de cada um.
9. Da limpeza
- Os trabalhadores são responsáveis pela limpeza da casa. Cada equipe
desenvolve sua atividade uma vez ao mês, ficando o trabalhador responsável por
sua substituição em caso de faltas. Lembre-se: todos somos membros de um corpo
e a falta de um dos membros pode afetar o bom funcionamento desse corpo.
10. Dos eventos
- É necessária a participação ativa de todos os trabalhadores da Sociedade
nos eventos promovidos pelo grupo. Além da importante ajuda na efetivação do
evento, eles são realizados para edificação de todos.
Lembre-se: Nós abraçamos essa tarefa de livre e expontânea
vontade. Procuremos ajustar nossas vidas aos compromissos assumidos como
trabalhadores. Não busquemos adequar o centro espírita às nossas
conveniências. A dedicação, a abnegação e o altruísmo são marcas dos
trabalhadores do Senhor! Sigamos, pois, com determinação e coragem! Que o
Mestre Jesus abençoe nossos propósitos de servir à Sua causa!
“Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que sabe. A
ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância”
(Hipócrates).