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Espiritismo em casa

Aspecto fundamental na Doutrina Espírita é a liberdade. Os espíritas são livres,
a ninguém devendo explicações de sua conduta ou comportamento, pois que a consciência
individual é seu guia, seu juiz, sabendo antecipadamente ser responsável único pela
liberdade que desfruta. Esta consciência lhe deixa claro que as conseqüências de
seus atos sempre virão, cedo ou tarde, tanto na boa como na má conduta. Sendo assim,
ninguém tem o direito de cobrar nada, cabendo sim a cada um cuidar da própria conduta.

É de conhecimento nacional a prática usual do Espiritismo em casa. Não se trata
do Evangelho em Casa, mas das reuniões mediúnicas caseiras, domésticas. Ninguém
está proibido desta prática, já que inexiste qualquer proibição na Doutrina Espírita.
E também nada impede que nos envolvamos com elas. Porém, há considerações a fazer:

  1. A prática usual de reuniões mediúnicas, e normalmente com este único objetivo,
    afasta seus participantes – que a isto não se obrigam – às recomendações doutrinárias
    do Espiritismo;
  2. Tais atividades, a portas fechadas e com pessoas escolhidas, afastam as pessoas
    do Centro Espírita, célula básica do Movimento Espírita, que justamente visa ampliar
    o pensamento espírita junto à humanidade e para o qual devemos direcionar nossos
    esforços;
  3. Isolando seus participantes das atividades normais de uma Casa Espírita, ampliam
    as dificuldades de expansão do pensamento espírita e por conseqüência adiam os benefícios
    que o conhecimento espírita pode trazer para a coletividade;
  4. um Espiritismo de portas trancadas, sem compromissos com a Causa Espírita;
  5. Compromissados com a Casa Espírita, vinculados a uma delas, verdadeiramente
    nos declaramos espíritas – e assim somos conhecidos: como espíritas. Com a prática
    exclusiva e costumeira do Espiritismo caseiro, estamos comodamente sem compromissos
    com a Causa;
  6. Outro agravante de tal prática é que perdemos o referencial do intercâmbio
    com outros grupos e pessoas estudiosas da Doutrina, único caminho que pode garantir
    a recíproca observação de que estamos trilhando caminhos corretos e conforme recomendados
    pela Doutrina;
  7. O Centro Espírita, pela própria filosofia de seu funcionamento, programa estudos
    seqüenciais, promove intercâmbio de idéias, possibilita-nos ampla participação e
    troca de experiências com outros grupos. Já o grupo caseiro fica isolado nas mesmas
    paredes, continuamente, sem referências dos progressos da Doutrina e seu Movimento.

Deixamos ainda de fazer considerações sobre a questão das defesas do ambiente
doméstico – local não preparado para atividades mediúnicas rotineiras – frente às
investidas de espíritos contrários à Doutrina ou seus integrantes e outras inúmeras
abordagens.

Desejamos isto sim é realçar a importância de nossa adesão e comprometimento
com o Centro Espírita, núcleo com graves responsabilidades, onde podemos sim nos
integrar oferecendo nosso tempo, aprender e ensinar, trabalhando sim para a Doutrina…

(Jornal Verdade e Luz Nº 190 de Novembro de 2001)

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