Século 21. Natureza degradada. Amazônia em chamas. Política corrompida. Violência estampada. Consultórios lotados. E, para “coroar”, de vez em quando, alguém que amamos vai embora, a saúde acaba, o emprego é perdido. Como fica nossa esperança? O que nos move? Para onde vamos? Será que está tudo perdido?
É muito comum vermos hoje em dia pessoas sem esperança no futuro, pessoas se entregando a conversas de baixo padrão vibratório, onde comentam as tragédias com riqueza de detalhes, fortalecendo a ideia do “caos”. Mas será que está tudo tão caótico mesmo?
Alguns mais ousados indagam: “Onde está Deus?”.
E, dia após dia, sentimentos de revolta e desesperança vão brotando aqui e acolá. Mergulhamos no automatismo da rotina de trabalho, estudo, obrigações, buscando não pensar, buscando uma fuga que nos impeça de concluir algo que, no íntimo, sabemos que não faz sentido.
Em nosso íntimo reconhecemos Deus. Em algum lugar dentro de nós sabemos que somos tutelados de um Criador soberanamente Justo e Bom. Mas não sabemos ainda alcançar essas certezas, trazer para o consciente. Mas um dia saberemos.
À medida que evoluímos, vamos expandindo nossa consciência, então, coisas (certezas) que existem, mas não enxergamos, virão à tona e aí compreenderemos a perfeição da Natureza Divina.
Já avançamos muito. Somos a nossa melhor versão no aspecto evolutivo. Então, vamos refletir um pouco sobre isso, para não cairmos nas armadilhas do dia-a-dia de acharmos que tudo está perdido.
Tudo! Absolutamente tudo está sob o sábio comando de Deus. Com o auxílio fraternal de todos os Bons Espíritos, nada escapa do Seu doce olhar. Mas pode ser que fiquemos aflitos em algum momento, achando que tudo saiu do controle. Quando isso ocorre, é bem provável que esteja relacionado à fé. Então esse será o momento de resgatá-la.
Nossa mente é manancial de recursos para auxiliar no nosso desenvolvimento, mas precisamos saber usá-la, precisamos exercitá-la. Nós pensamos que somos tão sóbrios, tão senhores de nós mesmos, mas coisas pequenas ainda tem o poder de abalar-nos. Por que?
Dias atrás uma colega de trabalho disse-me: “Você almoça aqui no refeitório e fica na sala de descanso? Como consegue? Não sente necessidade de sair para a rua para espairecer? Ficar o dia todo no escritório?! Nossa, que plenitude…” E sorriu. Naquele momento eu recordei o Mestre: “Onde está o teu tesouro, aí estará teu coração”.
Será que o ambiente que nos envolve tem o poder de ditar as regras dos nossos sentimentos? Nesta questão íntima, de quem é o controle? E como conseguir esse domínio de si mesmo?
Neste ponto alto da evolução humana, é imperioso destinar o nosso foco para o que realmente eleva. Vivemos em um mundo de provas e expiações, nada por aqui é muito fácil. Então cabe a nós elegermos o nosso tesouro, para conseguir depositar lá o nosso coração, nossos interesses, nosso foco.
Sendo assim, fortaleçamos nossa fé, tenhamos a certeza de que toda transformação gera um certo movimento, mas isso não quer dizer que tudo está perdido. As coisas saem do lugar para se encaixarem melhor.
Encaremos a dificuldade como oportunidade de aprender a fazer melhor. Não tenhamos medo, pois tudo concorre para o nosso bem. Podemos estar no inferno, mas o inferno não precisa estar em nós.
Existem alguns pontos importantes que ajudam a desenvolver essas habilidades. São eles:
- Através do conhecimento das leis que regem a vida, tanto no campo da matéria, quanto do espírito;
- Através do autoconhecimento, aquele olhar para si mesmo, sem véus, sem autoengano;
- Através da meditação, momento em que podemos silenciar e só observar;
- E, sobretudo, através do fortalecimento da nossa fé, da prece, buscando Jesus, nos aproximando de Deus, pois quanto mais Os conhecemos, mais aumenta nossa fé.
- Importa também selecionar o que traremos para nossa tela mental, que tipo de conteúdos irão abastecer a nossa vida, que tipo de conversas vamos sustentar. Podemos nos relacionar com qualquer tipo de pessoa, mas observando seu padrão vibratório, nós decidiremos sintonizar ou doar amor e conhecimento para que um dia ela se liberte também.
Enfim, diante dessas reflexões, cabe-nos concluir que tudo está perfeitamente em sintonia, tudo está no lugar em que deveria estar. Saibamos lidar com as dificuldades que nos aparecem, reconhecendo que não habitamos ainda um mundo feliz. E tenhamos a plena certeza de que NADA ESTÁ PERDIDO!!
Autora: Luciane Bastos Almeida