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Nem Céu, Nem Inferno – Cartas de Rivail para Amélie

Este conjunto de cartas, obtidas e levadas a público por Charles Kempf, presidente da Federação Espírita Francesa, revela importantes momentos da vida pessoal de Rivail, Amélie e sua filha.

Na primeira delas,de 13/08/1831, após o pai de Amélie aceitar o pedido casamento feito pela mãe de Rivail, ele escreve a Amélie manifestando sua alegria com o fato e demonstrando sua estima, que, segundo ele, é “a única capaz de assegurar uma felicidade duradoura, ao abrigo do tempo e das vicissitudes”. No ano seguinte, no mês de fevereiro, eles se casaram; ela possuía 36 anos e ele, 27.

Na segunda carta, de 20/08/1834, escrita depois de uma viagem, Rivail descreve o que se passou no vagão do trem, demonstrando que lhe encantava a ideia de vir a ser pai.

Em outra carta, de 23/08/1841, Rivail pediu a Amélie que abraçasse sua pequena Louise, agradecendo à cartinha que ela lhe havia enviado. Não se sabe, porém, se era uma filha natural, adotada ou criada por eles, embora provavelmente, em razão da idade de Amélie à época (cerca de 38 anos), não tenha sido uma filha natural.

Em seguida, a carta de 15/08/1842 mostra a dedicação do casal na criação de Louise, especialmente quanto a sua educação.

Por fim, enquanto a carta de 29/09/1845 aponta que Louise possuía uma saúde frágil, razão pela qual Rivail chegou a consultar uma famosa sonâmbula de Paris pedindo diagnóstico e tratamento.

Todavia, naquele mesmo ano, a pequena Louise, que devia ter 11 ou 12 anos, veio a desencarnar, fato que Rivail lamentou na carta que escreveu para Amélie em 06/12/1845.

Esse fatos certamente fez o professor Rivail e sua esposa Amélie refletirem sobre o problema da vida após a morte, que viria a encontrar respostas consoladoras na doutrina que eles veriam desdobrar-se à sua frente.

Estes manuscritos são mencionados no livro nas páginas 221 a 223 do livro Nem Céu nem Inferno – As leis da alma segundo o Espiritismo.