Manuel Justiniano de Freitas Quintão, mais conhecido em sua época como Manuel Quintão, nasceu em Valença – RJ, no dia 28 de maio de 1874. Morreu no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 1955. De profissão era jornalista e escritor, atuou como médium espírita dando receitas homeopáticas orientadas pelos espíritos. Foi presidente da Federação Espírita Brasileira em 1915, 1918, 1919 e 1929.
Aos vinte anos já escrevia para a imprensa, mas foi quando se mudou para a cidade de Vassouras, na virada do século, que passou a elaborar artigos para os jornais da época. Quando chegou à capital do Rio de Janeiro, ingressou na Federação Espírita Brasileira em 1903, participando de seu quadro social por quarenta e quatro anos.
Amigo pessoal do pesquisador Canuto Abreu, divergia desse, porém, pois aceitava os falsos conceitos propostos na obra publicada por Roustaing, Os quatro evangelhos. Na obra Autonomia – a história jamais contada do Espiritismo, há os relatos das defesas desse desvio publicados na Revista Reformador, da FEB, em oposição ás críticas recebidas do movimento espírita.
O documento anexo é uma carta enviada por Manuel Quintão ao seu amigo Pedro Richard, no dia 6 de fevereiro de 1912. O grupo roustanguista estava dominando a Federação. O documento foi guardado por Canuto Abreu, entre seus artigos nos quais denuncia Roustaing como sendo contra Kardec, uma obra que serve aos propósitos dos inimigos invisíveis.
Afirma-se no livro Autonomia, página 105:
“Eram, afinal, amigos. Enquanto Richard já estava nos 59 anos de idade, Quintão tinha 39. A proximidade entre os dois justifica a exposição sincera de suas opiniões, revelando o que não se observa na superfície da entidade, mas somente nas suas entranhas”.