Em setembro de 1865, foi revelada uma tentativa frustrada de golpe contra o Espiritismo, praticada por espíritas bastante próximos do codificador, como os senhores d’Ambel e Canu, com a participação do advogado André Pezzani, amigo de Roustaing. Unidos, eles utilizaram o jornal L’Avenir – moniteur du spiritisme para divulgar ideias dogmáticas, enfraquecer o Espiritismo e criar uma dissidência.
Em 6 de janeiro de 1866, Allan Kardec escreve ao médium Percheron, de Sens, na Borgonha, comentando sobre alguns espíritas que não entendem bem o objetivo e o alcance da doutrina, sendo espíritas só de nome, além de uma classe de adversários que, por meio de deserções reais ou simuladas, proveniente de “um plano combinado de longa data e dirigido por mãos ocultas”, “esperam lançar desordem nas fileiras dos seguidores”.
Kardec precisava “vigiar todas essas manobras e frustrá-las com prudência”, o que era para ele um “aumento de cansaço”, embora ele não se inquietasse, por conhecer o resultado e saber que tudo o que acontecia lhe havia sido anunciado.
Poucos meses depois, seria lançada a obra Os quatro Evangelhos, de Jean-Baptiste Roustaing, trazendo as mesmas ideias dogmáticas de queda e da reencarnação como castigo divino.